"O homem que amava caixas" (Stephen Michael King/BrinqueBook) fez parte da leitura da semana numa das salas que leciono. O autor, que assina texto e ilustrações, consegue tocar num assunto delicado de forma bastante sutil. O homem em questão tinha um filho. E o amava. Mas não sabia dizer isso à ele.
O homem também amava outra coisa com igual intensidade: caixas. Passava horas observando-as com verdadeira paixão. Não importava o tamanho ou o formato, caixas eram objetos de fascínio para esse homem. E foi com elas que ele aprendeu a demonstrar, sem palavras, o amor que sentia pelo filho. As caixas viravam castelos, pipas, aviões... presentes que o filho adorava. Surpresas que aproximavam os dois.
O livro, cujas ilustrações falam muito mais que o texto, fez sucesso entre a turma. Apesar de terem 10 anos, os alunos também tem dificuldade em conversar com os pais sobre esse "amor". "É mais fácil demontrar do que falar" - disseram. E é verdade. Foi a partir dessa leitura e da conversa que tivemos, que a turma elaborou um cartão para o Dia dos Pais. O "truque" seria fazer exatamente o inverso da história. Dessa vez eram eles, os filhos, que fariam da caixinha um presente. Cada aluno se "auto ilustrou" e escreveu dentro da caixa-cartão o que deseja para seu pai.
O cartão depois de dobrado se transformou numa criança segurando uma caixinha. Um presente para o pai. Uma caixinha de amor. Aquele que não conseguem dizer em palavras.
;o)
(fotos:ligiapin)
* Para saber mais sobre "O homem que amava caixas", clique aqui.
3 comentários:
m-o-c-i-o-n-a-n-t-e!!!
flor,posso ser suala aluninha tbm?Ah,que querooo
Ahhh vc é uma professora tão tão legal !
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