maio 01, 2012

Violet Beauregarde



Versão 1971 para o cinema.

 
"Criança que não tira chiclete da boca
Fica com cara de cabeça oca,
É pior ainda que criança remelenta,
Mais irritante, feia e nojenta.
A propósito disso me vem à memória
Esta trágica, horrível e triste história:
Era uma vez a doce Teresa
Que apesar de dona de rara beleza,
Mulher de respeito e fina senhora
Comprava chiclete a toda hora.
Mascava chiclete o dia inteiro,
Na cozinha, no quarto, no banheiro,
Na rua, no trabalho, dentro da igreja,
E até no barzinho tomando cerveja.
O chiclete da moça virou piada,
As pessoas comentavam e davam risada.
Um belo dia acabou a comédia
E o que era engraçado virou tragédia.
O hábito da moça virou mania;
Ela quis parar e não conseguia.
 No meio da noite se o chiclete acabava,
Teresa ia mascando tudo o que achava:
Bala, macarrão, queijo, berinjela,
Se acabava a comida mascava a panela.
Mastigava almofada, toalha, tapete,
Pasta de dente, escova e sabonete,
Bolsa, sacola e sola de sapato,
Ia pro jardim e comia até mato.
Sua boca mascava que nem maquininha
Teresa acabou perdendo o que tinha.
O queixo cresceu, a boca inchou,
Foi indo, foi indo, Teresa pirou.
Nem pra dormir ela tinha sossego
É claro que acabou perdendo o emprego.
Por isso essa tal Violeta Chataclete
Que já é meio chata e metida a vedete
Precisa com urgência de uma lição
Porque daqui a pouco não tem salvação.
Uma coisa é saber que a menina Violeta
Sempre vai ser um pouco zureta.
Mas ninguém lhe deseja a imensa tristeza
De acabar maluca como a Tereza.”

(Roald Dahl. A fantástica fábrica de chocolate. Martins Fontes)
Versão 2005 para o cinema.

abril 30, 2012

Verusca Salt

As cinco crianças que Roald Dahl criou para a Fantástica Fábrica de Chocolate, na década de 1960, ainda parecem atuais. Quem leu o livro sabe que, para cada um deles, o autor escreveu um poema criativo e divertido salientando as características mais marcantes de cada personagem.
Recomeço as postagens que estavam paradas com Verusca Salt,
;o)

Versão de 1971 para o cinema.


“Sal demais em qualquer comida
Deixa a gente com a garganta ardida.
Veroca Sal não é sal, é criança,
Mas deixou entre nós ardida lembrança.
Mimada, estragada, entojada, briguenta,
Tem tudo o que quer e não se contenta.
Escreveu não leu ela chama o pai,
Só abre a boca e pede o que sai:
Brinquedos, doces, qualquer bugiganga.
Se é tempo de uva ela pede manga,
Se em casa tem doce ela pede salgado,
Se tem rapadura ela pede melado.
Se está na Itália quer ir pra Argentina,
Se está na praia quer ir pra piscina.
Exige e quer tudo o que sonha
E o pai obedece que nem um pamonha.
A mãe, outra tonta, está sempre aflita,
Naquela família só a filha é que apita.
Mas na fábrica quem manda é Seu Wonka
E a Veroca acabou levando uma bronca:
Você pensa que aqui está na sua casa?
Que pode pedir galinha sem asa
E querer transferir o Amazonas pro Nilo?
Pois só faltava querer um esquilo!
Pra uma menina com tanto capricho
O melhor lugar é no meio do lixo.
Mas não se preocupe, vai ter companhia,
Vai ter papel velho e caixa vazia,
Lasanha estragada ainda com molho,
Feijão azedo com resto de repolho,
Espinha de peixe, osso de galinha,
Casca de banana e lata sem sardinha.
Pra quem só conhece riqueza e luxo
Vai ser difícil agüentar o repuxo.
Mas pra Veroca é esse o remédio
Pra não acabar morrendo de tédio.
Pois essa mania de pedir só besteira
Bem lá no fundo é uma grande canseira.”

(Roald Dahl. A fantástica fábrica de chocolate. Martins Fontes)




Versão de 2005 para o cinema.

janeiro 14, 2012

Desenho do nome


















Alunos do 5o ano 2011 - ARVI

(fotos:ligiapin)

janeiro 04, 2012

Edney Silvestre

Edney Silvestre, conhecido correspondente da Globo, foi uma feliz surpresa na Flip 2011. Pontual, direto, objetivo e sério nos comentários feitos, não deixou dúvidas de que é um profissional apaixonado pelo que faz. Na Revista da Cultura desse mês foi publicada uma entrevista com esse que, além de jornalista, agora também está na lista dos escritores talentosos do nosso país. Clique na imagem para ler na íntegra. ;o)