abril 13, 2008

A Pequena Notável

Ela não era exatamente bonita, não tinha uma voz suave e o corpo estava longe de pertencer ao estereótipo hollywoodiano. Ainda assim conseguiu alcançar fama e sucesso de forma assustadora, sendo até hoje um ícone mundial.
Carmem Miranda é um dos nomes mais (re)conhecidos entre os artistas que conseguiram visibilidade fora do país, sendo a importância desse feito acentuada pelo fato de ter ocorrido ainda na década de 1930.
Lembro-me de assistir vários de seus filmes na Tv Cultura quando era criança. Acho que vem daí minha simpatia por esse figura extravagante, exagerada, quase absurda. Mas a admiração cresce na medida que conhecemos mais a história da vida dessa mulher que, não por acaso, teve a fama de "pequena notável".


Em 2005 Ruy Castro publicou a biografia de Carmem pela Companhia das Letras (praticamente uma bíblia) que me dei de presente de Natal e que devorei em pouquíssimo tempo. Nos 30 capítulos do livro me surpreendi ao saber de detalhes da vida pessoal e profissional de Carmem: sua relação com a família, sua devoção aos amigos, seu desprendimento material, o sucesso, a fama, a riqueza mal administrada e a intensidade com que ela viveu os 46 anos de sua curta existência.

O mito que existe em torno da artista está longe de alcançar a importância e a grandiosidade que a maioria das pessoas nem imagina ter existido em Carmem Miranda. Nesse ponto Ruy Castro foi impecável, pois a biografia não tem o caráter de endeusá-la ainda mais, mas de mostrar fatos que realmente não sabemos. É uma pena que seu fim tenha sido tão triste (até hoje eu não li o último capítulo, sobre o dia de sua morte) e acho impossível não gostar dela depois de conhecê-la melhor.

3 comentários:

Andrea Savoia disse...

Tá-Hí! Eu fiz tudo pra você gostar de mim.
Ai meu bem não faz assim comigo não.
Você tem, você tem que me dar seu coração...

Anônimo disse...

Se declarando publicamente, Lorpa?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Andrea Savoia disse...

hahahahah......tenho que ler isso!!!!