Hoje eu e Dionísio ficamos a teclar sobre Pessoa, por quem o pessoa anda pessoalmente encantado e que agora anda a me encantar também (encantada pelos dois pessoas, aliás!). E entre um encanto e outro, uma pessoa e outra, surge Mário de Sá Carneiro na nossa conversa - se é que podemos chamar de conversa o que achamos que conversamos (aquela coisa pouco linear, extemporânea, anacrônica ou algo parecido que só a gente entende). ;o)

A pessoa em questão foi amigo íntimo de Pessoa, e teve a vida marcada pela absoluta inadaptação ao mundo "real" e pela constante busca do seu próprio eu. A insatisfação foi tão monstra que o levou ao suicídio, mas ainda assim trouxe para sua obra a marca impactante e única pela qual o escritor é (re)conhecido.
Não pense que não o conhece, até Adriana Calcanhoto musicou seus versos:
Não pense que não o conhece, até Adriana Calcanhoto musicou seus versos:
Eu não sou eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.
(Lisboa, fevereiro de 1914)
3 comentários:
O Modernismo teve cada "pessoa", não?
em q cd está esta música mesmo?
acho q não tenho, tá no Público?
O nome não sei... é um ao vivo.
Beijos
Postar um comentário