março 12, 2008

Nunca te vi, sempre te amei

Esta é pra você,"POW"
que também acredita
nesses "acasos" da vida.
;o)
Faz um tempão... por causa da chuva procurei algo interessante na TV. Só consegui pegar o finalzinho de um filme e, mesmo sem entender a história, fiquei perdidamente apaixonada pelo título que no Brasil foi traduzido de forma muito poética: "Nunca te vi, sempre te amei".
Depois disso, toda vez que ouvia algum crítico falar desse filme (e para minha tortura isso acontecia sempre) me dava uma certa angústia por não conhecer essa história de "amor" tão surreal (afinal, como amar o que nunca foi visto?) e também por não encontrar o filme em locadoras.
Mas... anos depois, num daqueles momentos mágicos de intuição que nunca sabemos explicar, abri o encarte do jornal que trazia dicas de presentes. E como se pressentisse a boa notícia meus olhos bateram direto na chamada de uma video locadora que tinha, entre outros títulos, o romance que por tanto tempo quis conhecer. Apesar dos imprevistos que tentaram me impedir de comprar o filme, enfrentei o temporal que desabou na cidade e fui buscá-lo. Voltei feliz da vida para casa e finalmente o devorei, literalmente.

Helene Hanff (a excelente Anne Bancroft) é uma escritora americana apaixonada por livros raros, mas a dificuldade de encontrá-los em seu país leva, em 1949, esta espirituosa mulher a se corresponder com Frank Doel (Anthony Hopkins), um livreiro londrino da famosa Marks & Co., especializada em obras esgotadas e fora de catálogo. Para os sensíveis observadores, as cenas em que a escritora recebe os livros pelo correio é pura paixão: o carinho pelos detalhes da lombada ou das anotações feitas pelos antigos donos, tudo ali é emoção.



Na livraria londrina há outras personagens que acabam se envolvendo nesta amizade que cresce de forma encantadora durante os 20 anos em que Helen e Frank trocam cartas, presentes e a certeza de que, apesar da distância e de nunca terem se visto, há um elo muito forte e sincero de amizade e "amor" entre eles. Helen protelou sua ida a Londres para conhecer os amigos e só o fez em 1971, quando a loja já estava fechada e Frank falecido há 3 anos.
A loja, localizada no endereço "84 charing cross road" (que dá título ao original da obra) existiu de verdade assim como a história que, romanceada, virou filme.

Uma placa de metal circular hoje ostenta o prédio em que funcionou a livraria, como marco do local onde esse encanto ocorreu.

Muitos podem achar que essa história é surreal demais para ser verdade e que só cabe nas telas do cinema. Você, o que pensa disso?

Um comentário:

Giuliano Gimenez disse...

lembro-me ter visto o finzinho desse filme em algum canal, alta da madrugada. corujão? aliás, por que as redes não passam filmes em sua versão original, com legenda, pelo menos noite adentro?
o fim é muito triste. vc viajar e saber que não existe mais a loja e o proprietário morrer. isso me recorda o cinema paradiso, de giuseppe tornatore.
=[